Riesling para celebrar

Tenho falado com imensos apaixonados de vinhos que fazem provas mas que se perdem nos conceitos e terminologias usadas.

Na minha última publicação, utilizei a sigla DOC, e esta foi alvo de muitas dúvidas. Vou voltar a este conceito, mas primeiro apresento o vinho escolhido de hoje.

O vinho que sugiro é Marcos Hehn Riesling 2016, a garrafa número 1516 de 2675, a casta favorita do meu filho mais velho.

O riesling foi escolhido para celebrar o seu aniversário, onde o servi acompanhado por tapas variadas. Delicioso!

Este vinho foi produzido com videiras vindas de Mosel, na Alemanha, o local onde a casta Riesling é a mais distinta. 
Indo de encontro aos gostos pessoais do meu filho, este vinho apresenta uma frescura que persiste na elegância de uma manhã de orvalho, onde os aromas das maçãs ainda nos ramos das suas árvores se misturam com os aromas das pedras molhadas pela gotas matutinas.

Após fazermos o brinde, encontramos na boca um entrelaçar entre a língua e o sabor que persiste, e que vai além das maçãs presentes, à macieza de um pêssego a ficar maduro. Um vinho seco com uma acidez adequada, que acompanha as tapas que forem sendo servidas para gáudio de quem as come.

Voltando ao primeiro parágrafo, ao DOC.

O que é, então, DOC? 

Com a entrada de Portugal na velha CEE, foi necessário legislar os vinhos a um nível europeu. Assim, foram criadas varias designações legisladas: DOP, DOC, IG, IGP, Vinho Regional e Vinho.

DOP significa Denominação de Origem Protegida. Os vinhos possuem características e qualidades associadas à sua região de origem que dependem da geografia, da natureza e das pessoas daquele local. Estes vinhos são controlados pela comissão vitivinícola a que o vinho pertence.

DOC significa Denominação de Origem Controlada e estes vinhos provêem das regiões produtoras mais antigas com legislação para  a característica do solo, as castas, a vinificação e o engarrafamento.

IG significa Indicação Geográfica, ou seja, são vinhos produzidos numa região específica e compostos por, pelo menos, 85% de uvas provenientes de castas típicas da região, mas que não cumprem requisitos para ser DOC.

Os Vinhos Regionais são vinhos produzidos em regiões DOC, mas que não cumprem alguma regra de produção ou de elaboração. No vinho regional, é admitido incluir 15% de vinho proveniente de outras regiões ou utilizar castas e garrafas não autorizadas nos vinhos DOC ou encurtar os tempos de estágio. 

A denominação no rótulo de Vinhos representa os que não se enquadram nas designações  acima referidas.

Esperando não me ter alongado em demasia, me despeço.

Até breve,

Menina do Livrinho . wine