Carmenere rebrota num prazer chileno.



O aroma que fica no ar, traça um convite. Nariz para o copo, já.
Resisto a não provar. Só cheirar.
Delicioso, rico, intenso.
Quanto mais abre aromaticamente, mais visíveis se tornam os olores (sim, esta palavra existe) — chocolate, charuto, terra, ameixa.

A doçura do primeiro golo, eu atribuo ao estágio na barrica de carvalho francês e à elegância da compota de ameixa, tomate e pimento verde picante, permanece viva.
Gosto que a compota e o gosto do charuto percorram a minha boca, deixando para o fim o toque doce do chocolate que se mantém no fundo da minha boca. 
Surpreendeu-me.

Carmenere, nunca ouvi falar.

Já dada como extinta no velho mundo, foi redescoberta em 1994 no Chile pelo Jean-Michel Boursiquot, que reparou que o Merlot lá plantado estava a ter diversos comportamentos na sua maturação. Depois de estudar e analisar a vinha descobriu que lá misturado havia a antiga variedade de Bordeaux Carménere, cultivada desavisadamente com Merlot.
Esta casta adaptou-se tão bem ao clima e solos chilenos, que rebrotou como uma das uvas mais importantes do Chile.

Sempre gostei de estudar o mapa do mundo, mas confesso que não tinha
prestado grande atenção a este pais. O mundo dos vinhos tem-me mostrado o globo com outros olhos. Já repararam que o Chile é um país, com 4 300 quilómetros de comprimento e, em média, 175 quilómetros de largura? Possui fiordes, glaciares, vulcões, ilhas e desertos? A parte mais estreita tem 17 quilómetros? Tem neve e deserto. E sem considerar o pólo sul é o pais mais ao sul? 
Incrível! 


Até breve,

Menina do Livrinho . wine

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