Por vezes, um bom vinho carece daquele petisco com que facilmente harmonizaria.

Descobri um!

A compota, nomeadamente a Compota de Abóbora DuVouga, nas suas quatro versões distintas, e ainda a versão chila.

DuVouga em Sever do Vouga, é a parceria de um casal, a mimosa Mónica Rodrigues e o excelente "compoteiro" Luís, um excelente contador de histórias de pessoas e de recantos do nosso Portugal rural.

A primeira compota a ser servida foi a clássica compota de abóbora que, com o seu equilibrado

ponto de açúcar, se sobrepõe a outras que conheço.

A Compota de Abóbora e Noz conquistou-me com os dourados pedaços de abóbora e as estaladiças pepitas de noz. Devo referir que degustei este pitéu à colher de café, com um vinho do Porto branco extra seco de 10 anos, da Casa Vieira de Sousa, um vinho do Porto fresco, que seca a boca e a prepara para a doçura contida que aí vem. No verão, bebo este vinho do porto, num cocktail com gelo e água tónica.

A Compota de Abóbora com Laranja, onde a casca de laranja cortada em fios acobreados encantou os provadores presentes.

Nesta ocasião, o Pátio das Marias apresentou um requeijão de ovelha e um queijo de cabra e vaca que deliciou e harmonizou as compotas e o Porto.

De seguida, o Luís serviu a Compota de Chila, uns fios brancos e carnudos num molho de prata que

harmonizado com o Extra Dry fazia querer comer e beber mais.