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Relembrando o início | Quinta da Casa Amarela

Para sempre ... Vintage 2017 | Port Wine Day

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As Mãos do Rafael e dos seus irmãos

Douro! Calor, Corgo — rio e sub-região — vinhas, uvas, aromas, histórias, memórias e prazeres simples. Há um homem que é um verdadeiro embaixador da Região Demarcada do Douro. Sem medo, apresenta o território e as quintas que este possui, o Barão do Douro, Rafael Miranda, o emblemático dono do Mãos . L á do alto do baloiço do Miradouro de São Silvestre, em Mesão Frio, contou-me estórias. "Ali à esquerda, é a Região Demarcada do Vinho Verde. À direita, é a Região Demarcada do Douro, e o belíssimo Baixo Corgo...". Na mão, tínhamos o Mãos Rosé, TN, 2019 , um vinho muito fresco, ácido e amorangado, onde o aroma a flores e especiarias completava a paisagem ampla . Rafael, assessorado pela enóloga residente, a simpática Melanie Pereira, abriu os vinhos desta prova, um a um, no jardim da casa ardida da família, a Quinta de Santiago. A seguir ao Mãos, Moscatel Galego Em Granito, 2015 , de acidez exuberante e nariz contido, surge o melhor Rabigato de 2019 que já provei.

UVVA, dia 1

Fui convidada para participar no UVVA - Universo do Vinho Verde Amarante, pela Câmara Municipal de Amarante , para provar os vinhos verdes da região. O programa, bem delineado, foi iniciado com uma visita ao centro de Amarante. A alusão ao S. Gonçalo, o casamenteiro e desencalhador de solteiras (e hoje, em pleno século XXI, também desencalhador de homens), a homenagem ao pintor Amadeu Souza-Cardoso, amarantino, falecido há cem anos, a quem o UVVA presta o seu tributo nesta edição, fizeram parte do passeio onde se encontrava uma comitiva de jornalistas e bloggers austríacos, espanhóis, franceses, suíços, alemães, argentinos, americanos, chineses, italianos e portugueses, estes últimos os meus companheiros nesta aventura. Amarante faz parte da minha infância. A sua gastronomia, os seus doces típicos, as deliciosas e muito apetecíveis Lérias, Foguetes, Papos de Anjo e Brisas do Tâmega e o seu vinho são uma opção que me garantem momentos de prazer e qualidade. Nesta cidade, o que

Hoje o mimo é... Palácio dos Távoras Tinta Gorda, 1ª edição

Hoje o mimo é... Tinta Gorda, 2020. Chegou límpido, rubi transparente e brilhante e na minha mão deixa uma áurea vermelha. O seu olor é presente, com notas de rebuçado e pastilha elástica. A fruta vermelha que se sente remete-me à groselha. Na boca é muito seco, muito rugoso, muito complexo. Excelente! As notas a groselha são delicadas e o sabor mantem-se presente, ou seja, um longo e persistente fim de boca. De uma forma resumida, conto-vos que estas uvas são de uma vinha centenária, com mais de 140 anos, adquirida pelo António Boal e a sua empresa Costa Boal Family Estates , em 2018. A enologia é do Paulo Nunes. Estas uvas encontram-se numa vinha com outras castas, e para a produção deste monocasta são escolhidas e apanhadas uma a uma. A vinha encontra-se no paraíso natural de património único do planalto mirandês, em Trás-os-Montes. As vindimas são tardias, em Outubro, porque os ciclos de maturação são longos. Tem maceração carbónica e a fermentação é espontânea e é dada dentro d

Hello Summer Wine Party

A primeira edição do Hello Summer Wine Party chegou ao Porto! Em um quente e ensolarado fim de tarde, no topo da muralha Fernandina do século XIV, terminei o meu dia, entre música, vinho, petiscos e amigos. Logo à entrada do Restaurante Torreão, o copo e o colar de flores deram-me as boas vindas. A animada recepção pela Paixão pelo Vinho e aquelas longas e finas escadas eram o presságio de um maravilhoso entardecer. O meu fim de tarde iniciou-se com a apresentação da Luciana Duarte, a apaixonada comercial da Quinta dos Frades , que me seduziu com a Vinha dos Deuses, 2016, um vinho estridente com gulosos toques a chocolate negro. Percorrendo salas e varandas, encontrei as minhas queridas companheiras, as garrafas abertas e prontas a serem provadas. Haverá melhor fim de tarde? Depois de algumas provas, premiti-me beber, falar e brincar. O meu primeiro copo foi o Azal de S. Caetano , servido pelo querido André Amaral, o seu proprietário. Este vinho, de uma casta da região dos

Riesling para celebrar

Tenho falado com imensos apaixonados de vinhos que fazem provas mas que se perdem nos conceitos e terminologias usadas. Na minha última publicação, utilizei a sigla DOC, e esta foi alvo de muitas dúvidas. Vou voltar a este conceito, mas primeiro apresento o vinho escolhido de hoje. O vinho que sugiro é Marcos Hehn Riesling 2016, a garrafa número 1516 de 2675, a casta favorita do meu filho mais velho. O riesling foi escolhido para celebrar o seu aniversário, onde o servi acompanhado por tapas variadas. Delicioso! Este vinho foi produzido com videiras vindas de Mosel, na Alemanha, o local onde a casta Riesling é a mais distinta. Indo de encontro aos gostos pessoais do meu filho, este vinho apresenta uma frescura que persiste na elegância de uma manhã de orvalho, onde os aromas das maçãs ainda nos ramos das suas árvores se misturam com os aromas das pedras molhadas pela gotas matutinas. Após fazermos o brinde, encontramos na boca um entrelaçar entre a língua e o sabor que

Biaia, uma beirã para beber

Biaia era o nickname carinhosamente dado a D. Beatriz de Sousa Lopes, a jovem proprietária da quinta no século dezassete. Carinhosamente é como ainda cuidam da centenária Quinta da Biaia (carregar para visitar a quinta) em pleno século vinte e um, os três proprietários do projeto, Luís Leocádio, Ricardo Lopes Ferro e Carlos Flor, os dois últimos herdeiros de D. Beatriz. A quinta possui cem hectares, onde vinte e nove são dedicados a uvas, entre as quais se encontram as vinhas da Alvandeira, as vinhas do Souto e as vinhas das Lameiras. A herdade encontra-se na encosta de Figueira de Castelo Rodrigo, uma vila beirã cheia de lindas lendas (carregar para ler as lendas) , onde se produz vinho com certificação biológica e vegan, a cerca de 750 metros de altitude. A verdade é que a Região da Beira Interior precisa, pela sua altitude, pelo clima e pelo seu terroir, de poucos tratamentos fitossanitários — tratamentos que previnem as doenças da vinha: Míldio, Oídio, Podridão Cinzenta, B

Um vinho de São Valentim

A folhear os meus queridos livrinhos muito antigos, encontrei um registo de um prova que me deliciou. Ganhei coragem para o partilhar! Há vinhos assim! Recentemente, voltei a bebê-lo! Cor rubi, combina com momentos românticos. O vinho tem aromas a mentol, resina e pinhal, muito balsâmico. Basta simplesmente cheirar! Na boca, é vivaz e detém grande volume. Posso concordar com a minha primeira apreciação! Um bom charuto e um beijo... Mulheres, permitam-se a fumar um bom charuto! Que bem que este duo acompanha uma conversa! Tenho que destacar que é um homem o responsável por este néctar, o enólogo Luís Leocádio. Ou então, sugiro uma tábua portuguesa de queijos e presuntos e um bom bife ainda vermelho para terminar. Os vinhos da Quinta do Cardo são da Beira Interior, no exterior de Castelo Rodrigo, a uma altitude de 750 metros. A quinta é linda e cuidada de forma a preservar a natureza. Tem lagos manufaturados para reaproveitar a água da chuva para as reg

Dia 1 — aMar Matosinhos

Numa sexta-feira de sol, um momento raro neste verão do Porto, estive em Matosinhos, no aMAR Matosinhos, Festival do Peixe e Marisco . Nada como iniciar com o pé direito ou, no meu caso, com o copo certo a prova comentada “3 Irmãos, 3 Regiões” com três dos oito irmãos Cabral de Almeida, os enólogos Rita, Luís e João. Os vinhos verdes do João, meus velhos conhecidos, os Camaleão , do qual destaco Camaleão blend de Loureiro com Alvarinho , um vinho fresco e aromático, tem como curiosidade ser um blend de castas e um blend de regiões, Baião, Amarante e Felgueiras, para obter de cada casta as melhores características que os diferentes terroirs daquelas regiões podem oferecer. O João, neste seu projecto pessoal, fomenta a que este vinho seja bebido fresco, e, para o efeito, o camaleão do rótulo passa de verde a azul quando na temperatura correcta, convidando à degustação. O segundo irmão, o Luís, levou-me para a planície dourada, a Vidigueira, com os vinhos branco e tinto S

CaLou versus LouCa | Adega Monte Branco

“ CA Lou”, diz ela. “LOU Ca”, diz ele. As experiências que desafiam estes enólogos e proprietários da Adega Monte Branco , em Estremoz (Alentejo) começaram com um projecto da Inês Capão e do Luís Louro para comemorar o sétimo aniversário de casamento e relação vínica, pessoal e comercial. Cada um, de uma forma individual, apresentou ao outro o seu conceito, CA & LOU. Nenhum comentou as suas escolhas que coincidiram em duas castas. A primeira é a Alicante Bouchet , a casta estrangeira mais enraizada em Portugal, e a segunda é a Aragonês, uma casta autóctone da Península Ibérica, também designada de Tinta Roriz ou Tempranillo. O CA, 2015 , a versão feminina do projecto, adicionou a casta Trincadeira e estagiou 15 meses em barricas velhas, adquirindo um perfil aromático, onde se sente uma frescura que subtilmente lembra limão, com taninos elegantemente presentes e casados com uma acidez duradoura. O LOU, 2015 , a versão masculina, tem como terceira casta a T

Magnum pelo chef Miguel Castro Silva

O Viosinho do Douro A magnum Neste jantar vínico, provei a casta Voisinho. Servida numa garrafa magnum, uma garrafa de 1,5 litros, o Viosinho, Quinta do Ventozelo , 2014, foi uma agradável surpresa. Como não podia deixar de ser, o chef harmonizou este vinho com dois pratos maravilhosos, Robalo do mar com papada de porco e Lulas recheadas e servidas com risotto de queijo. De todos os pratos, este foi o que eu considerei mais original e delicioso. A Viosinho é uma casta que eu ainda não tinha dedicado a devida atenção. É utilizada no Douro para a produção de vinhos do Porto. Neste caso, foi vinificada sozinha. A cor do vinho no copo é amarelo-pálida e a lágrima que escorre no copo é gorda e lenta, um indicador do seu teor alcoólico, 14%. No nariz, senti o aroma a maracujá, a fruta branca madura, canela e um toque interessante a petróleo. Inês e a sua simpatia Na boca, sente-se a secura e a frescura, realça os aromas da fruta. É um vinho que reve

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