Por onde começar?
Foi uma decisão difícil, mas esta chegou até mim.
Vou começar o meu blog a deliberar sobre a "Prova de Touriga Nacional", do meu querido amigo Paulo Pimenta.
Hummm
Mas, afinal, o que é Touriga Nacional?
Touriga... Touriga Nacional é uma casta portuguesa.
E o que é uma casta?
Pois, a casta é a qualidade da uva. Cada casta tem uma folha característica, um cacho próprio e uma uva distinta na forma, na cor, na polpa e na própria película da uva, que oferece sabores diferenciados. Deste modo, a casta constitui a principal influência no estilo e carácter de cada vinho.
Pois, a casta é a qualidade da uva. Cada casta tem uma folha característica, um cacho próprio e uma uva distinta na forma, na cor, na polpa e na própria película da uva, que oferece sabores diferenciados. Deste modo, a casta constitui a principal influência no estilo e carácter de cada vinho.
A Touriga Nacional é uma casta muito apreciada em Portugal, encontrando-se vinificada em todo o pais, de Trás-os-Montes ao Algarve, assim como em países do novo mundo como Austrália, Estados Unidos, Chile e África do Sul.
Esta casta tem uma uva de pele grossa, rica em cor e sabor. Os seus aromas são simultaneamente frutados e florais, tanto no nariz como na boca. Não é uma casta muito produtiva, mas resulta em vinhos equilibrados, elegantes, com uma elevada graduação alcoólica e que envelhecem bem na garrafa, ou seja, não preciso bebe-lo no ano em que é produzido.
Retomado a prova...
O Paulo apresentou 14 vinhos para provar. Todos diferentes, pelo clima, região, tipo de solo e até pelos métodos utilizados pelo viticultor e pelo enólogo de cada vinha e vinho.
O vinho 1 — Cottas Touriga Nacional Unoaked, 2016, Douro — é pouco extraído, bastante equilibrado e ainda fácil de apreciar para quem receia taninos e acidez. Uma escolha elegante.
O vinho 3 — Casa de Santar, Vinha dos Amores, tinto, 2013, Dão.
O vinho 4 — D. Graça Reserva, 2014, Douro.
O vinho 5 — Casa da Passarella, Villa Oliveira, Touriga Nacional, 2014, Dão. Equilibrado, tanto na doçura como na acidez e taninos, parecendo ter corpo. Acompanharia este vinho com um tornedó de novilho.
O vinho 6 — Quinta da Fata, Grande Reserva, 2014, Dão — foi o grande infeliz. A prova que fiz tinha brett. Felizmente, já tinha provado este vinho em todo o seu equilíbrio.
O vinho 4 — D. Graça Reserva, 2014, Douro.
O vinho 5 — Casa da Passarella, Villa Oliveira, Touriga Nacional, 2014, Dão. Equilibrado, tanto na doçura como na acidez e taninos, parecendo ter corpo. Acompanharia este vinho com um tornedó de novilho.
O vinho 6 — Quinta da Fata, Grande Reserva, 2014, Dão — foi o grande infeliz. A prova que fiz tinha brett. Felizmente, já tinha provado este vinho em todo o seu equilíbrio.
O vinho 7 — Vale da Raposa, Touriga Nacional, Alves de Sousa, 2015, Douro — é , para mim, a definição de um vinho Touriga Nacional. No nariz reconhece-se flor de laranjeira, violetas, ameixas pretas e eucalipto. Na boca, sente-se os taninos finos e a sua frescura, concedendo elegância e envolvência. Sugeria acompanhá-lo com um prato apaladado, como uma carne saborosa ou um sofisticado prato de bacalhau.
O vinho 8 — Quinta dos Nogueirões, Touriga Nacional, Vinhas Velhas, Colecção da Familia, edição limitada, 2015, Douro — é simplesmente apaixonante. No nariz e na boca, reconhece-se o cacau, o cacau e... o cacau! No nariz, ainda se identificam aromas a frutos vermelhos maduros e, na boca, evidencia-se uma explosão de taninos, de frescura e de acidez nivelados. O final de boca é longo. Posso dizer-vos que aqui não provei. Bebi! E, no fim da prova, tornei a beber. Para acompanhar este vinho, sugiro rosbife, ou simplesmente nada.
O vinho 9 — Herdade Arrepiado Velho Tradição Tinto, 2015 Magnum, Alentejo.
O vinho 11 — Quinta da Cuca, Touriga Nacional, Douro, 2016.
Fotografia roubada ao Wine&Stuff, by Paulo Pimenta |
O vinho 10 — Cortes de Cima, Touriga Nacional, 2015, Alentejo — faz-me salientar o belíssimo nariz. Identifica-se o aroma do café com fruta vermelha madura. O próprio vinha sugestionava a que o bebesse. E assim fiz. E, aqui, proporcionaram-me uns maravilhosos cogumelos, um verdadeiro pitéu, para o harmonizar.
O vinho 12 — Quinta dos Roques, Touriga nacional, 2017, Dão.
O vinho 13 — Madre de Água, Touriga nacional ,2016, Dão.
O vinho 14 — Adega Mãe, Touriga Nacional, 2014, Lisboa.
Por hoje, termino.
Até breve,
O vinho 13 — Madre de Água, Touriga nacional ,2016, Dão.
O vinho 14 — Adega Mãe, Touriga Nacional, 2014, Lisboa.
Durante a prova, houve três momentos com uma harmonização entre cogumelos e vinho. A Ana Moreira, da Casa do Chascada, é a alma e a produtora de cogumelos Shiitake. No decorrer da prova, foram servidos cogumelos shiitake em azeite e especiarias, cogumelos shiitake com cebola em azeite e especiarias (os meus favoritos!) e cogumelos shiitake com pimentos em azeite e especiarias. Qualquer louco por vinho deve experimentar estes cogumelos.
Por hoje, termino.
Até breve,
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