O segundo dia em aMAR Matosinhos, Festival do Peixe e Marisco, iniciou-se com o enólogo da Sogrape, António Braga a apresentar "Brancos Atlânticos", na companhia do simpático anfitrião, o senhor Alfredo Rente.
O conceito de vinhos do Atlântico, como o António explicou, está consistente com a teoria de que quanto mais quente for uma região, mais doce e menos acido será o seu vinho; logo, os vinhos na costa Atlântica serão de acidez vibrante e doçura controlada, como é o caso dos 4 vinhos apresentados. O primeiro vinho, Azevedo 2018, um blend da casta Loureiro com a casta Alvarinho, é de Lama, Barcelos, região dos vinhos verdes e de onde também vem o segundo vinho, o Quinta de Azevedo Reserva 2018, da autoria deste orador. Mudando de região vitivinícola, chegamos a Bucelas com o Prova Régia 2018, 100% casta Arinto, e com o vinho Morgado de Sta. Catherina 2016.
Uma prova que se destacou pela frescura e acidez do vinho, excelentes para uma tarde quente.
Uma prova que se destacou pela frescura e acidez do vinho, excelentes para uma tarde quente.
Eis que chega a Chef Cristina Manso Preto com o seu Ensopado de Peixe e Marisco. Este prato consistia numa tosta maravilhosamente aromatizada e deliciosamente carregada com ameijoas, mexilhões e camarões, deste cantinho do peixe que é Matosinhos.
Neste workshop, apareceu para saudar a presidente da câmara, a doutora Luísa Salgueiro, que nos apresentou o projecto que decorre em parceria com este evento, nos restaurantes da cidade. Existem menus aMAR, que incluem uma entrada, um sobremesa e uma bebida, com valores de 15, 20 ou 30 euros, consoante os restaurantes aderentes.
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Ana Matos, uma apaixonada pelos projectos 'Nabeiro', apresentou os seus vinhos Caiado e Adega Mayor, dos quais destaco os Adega Mayor Seleção Branco 2018 e Adega Mayor Reserva Tinto 2017.
O último workshop do dia foi do Chef Marco Gomes, do Restaurante Oficina, com o prato de sua autoria Cavala curada com molho de tomate assado e pesto.
Aí, entre peixe, sal, açúcar e maçarico do chef Marco, o produtor da Quinta das Arcas apresentou dois dos seus vinhos, o vinho Quinta das Arcas Trajadura Escolha e o Quinta das Arcas Alvarinho Reserva.
Um pormenor muito interessante do vinho Quinta das Arcas Trajadura Escolha é ser um vinho biológico, onde, em vez de se adicionar os costumeiros sulfitos, se adicionou caratinina extraída das cascas de camarão.
Este vinho, cremoso e com notas de mel, harmonizou muito bem com a saborosa e original cavala curada do prato cozinha de autor do Chef.
A noite terminou ao som do grupo The Dynasty Band, que conseguiu fazer-me, e a quem me rodeava, dançar e cantar.
No domingo, apenas participei no delicioso workshop, O Mundo dos Portos Brancos, do Paulo Russell-Pinto do IVDP.
O dia 3 veio meio cinzento e chuvoso.
O Churchill´s White Porto Dry Aperitif, com os seus sete anos de estágio em madeira, apresenta uma cor mais acastanhada, com sabores a fruta seca como casca de laranja, figo, amêndoas e avelãs. Neste, a acidez é rainha e o prazer de o beber, uma obrigação.
O último vinho do porto, Messias Branco 10 anos, apresentou-se mais estruturado, com uma madeira tostada e onde a fruta fresca voltou a dar a sua graça, como o alperce dourado num pôr do sol à beira mar, recordando o jardim onde nos encontrávamos.
Recomendação final e deveras importante — estes vinhos do Porto devem morar na porta do frigorífico, prontos a serem consumidos!
Em tom de despedida, aproveito para dar os parabéns aos responsáveis por este evento, pois tão bem estão a casar o peixe e mar.
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